Por mais estranho que possa parecer, a arma mais poderosa do mundo é muito compacta, dado que uma carga termonuclear com uma capacidade de 300 mil toneladas é, pela forma e tamanho, semelhante a um simples balde., escreve o jornal russo Rossiiskaya Gazeta.
Além da carga, a ogiva nuclear contém um bloco de controle cilíndrico, que executa várias tarefas.
O seu objetivo principal é detonar a carga a uma altitude específica, estritamente determinada. As armas nucleares não são destinadas a ser usadas na superfície da terra. A altitude adequada para a criação de uma onda de choque é 1.200 metros.
O sistema automático do bloco de controle dirige os motores e controla a estabilização da carga termostática do plutônio nuclear (WGP), que pode aquecer em estado de pouca atividade.
Além disso, o cone da ogiva contém uma rede de fornecimento de eletricidade e de proteção do pulso eletromagnético.
Todo este equipamento está firmemente instalado nos amortecedores e está dentro de uma estrutura sólida, coberta com uma espessa camada de isolamento.
A carga termonuclear e o bloco de controlo interagem continuamente um com o outro, um "diálogo" que começa imediatamente após a instalação da ogiva no míssil e termina quando a ogiva é detonada.
Durante todo esse tempo, o bloco de controle prepara a carga para detonação e, no momento certo, dá a ordem final.
Quando colocada em alerta de combate, a ogiva de um míssil é equipada com um ativador de pulso neutrônico, detonadores e outros equipamentos. Manter tal míssil em um silo ou em uma plataforma de lançamento móvel é perigoso. É por essa razão que a ogiva é preparada para detonação apenas durante o voo do míssil.
Isto ocorre passo a passo, com a ajuda de algoritmos complicados baseados em duas condições básicas: a confiabilidade do movimento para o alvo e o controle do processo. Caso qualquer um destes fatores se desvie dos valores calculados, o processo de pré-detonação será abortado imediatamente.
Uma explosão nuclear ocorre em segundos. Voando à velocidade de uma bala, a ogiva passa apenas a algumas centésimos de segundo antes de todo o poder de uma carga termonuclear seja convertida em luz, fogo, onda de choque e radiação com uma força terrível, conclui o jornal.