Diversos temas de interessantes foram discutidos numa entrevista exclusiva dada pelo embaixador do Equador à Sputnik, entre eles as sequelas do terremoto e a popularidade do atual presidente da República. Léia a continuação as questões mais importantes:
Sputnik: Qual é a situação depois do terremoto?
Galo Galarza: No dia 16 de abril o Equador foi atingido por um terremoto de 7.8 graus na escala de Richter – um dos piores da historia, com mais de 1500 réplicas, afetando principalmente as províncias Manabí e Esmeraldas e deixando mais de 600 mortos, além de milhares de feridos, vários desaparecidos e inúmeros danos nas infraestruturas, escolas, hospitais. Foi uma tragédia que custou ao país mais de três mil milhões de dólares. O próprio Correa, o presidente da República, ficou na frente nos operativos, no tempo mínimo foram salvas mais de 100 pessoas entre os escombros e se reativaram os serviços de luz elétrica e agua potável, além de acampamentos e zonas de segurança, que foram habilitados.
S: Como foi a ajuda internacional?
GG: Uma ajuda internacional muito considerável foi recebida, inclusive do Uruguai, que também foi vitima de um golpe duro da natureza no dia anterior (15 de abril), ao um tornado destruir uma grande parte de Dolores, no Departamento Soriano – os uruguaios enviaram um avião para operações humanitárias no Equador. Assim, eu poderia citar a muitíssimos outros países e instituições internacionais, que vieram à ajuda e permitiram dominar esta difícil situação. Nosso imenso agradecimento a todos eles. Hoje o país está novamente em pé, as tarefas de reconstrução continuam, as Nações Unidas reconheceram o governo do Presidente Correa pela sua pronta e efetiva ação para afrontar esse desastre natural. A reconstrução completa das zonas que foram praticamente devastadas levará muitos anos, mas existe um animo positivo, um alto espírito para superar as adversidades e sair para frente.
S: De que maneira a caída dos preços do petróleo afetou o Equador e qual é a situação econômica atual?
GG: Este desastre natural chegou no pior momento, quando a queda dos preços do petróleo afetaram seriamente a nossa economia, além do fortalecimento do dólar norte-americano, que nos tirou competividade em frente dos nossos vizinhos, que desvaliaram suas moedas, ao que ainda poderia se incrementar a crise da economia internacional em geral. O Equador terá um decrescimento na sua economia nesse ano, mas, assim como foi observado por alguns analistas, irá se recuperar no 2017 e não é estranho que volvamos a ter cifras de crescimento. O importante é que exista uma eleição limpa e transparente e que o povo equatoriano seja quem escolhe a opção politica que achem mais conveniente. Que a democracia no Equador, em definitiva, continue viva, vigorosa e fortalecida.