"Quando o LIGO foi construído, as pessoas não sabiam para que tinha ele sido criado, eles esperavam estudar estrelas neutrônicas e não buracos negros. Por isso o detector devia funcionar nas outras frequências mais elevadas. Ainda em 1990, nós mostrámos que é mais provável que o LIGO veja buracos negros em vez de pulsares e nos convencemos a expandir a amplitude de funcionamento do detector. As duas últimas descobertas mostram que nós tínhamos razão", disse Lipunov.
Segundo Lipunov, as mais de 20 redes do telescópio, que estão observando quase toda a superfície do céu noturno da Terra, participam da busca de ondas gravitacionais e suas fontes em conjunto com o LIGO, incluindo a rede russa MASTER.
"Considerando que o relâmpago foi no hemisfério sul, o MASTER foi a única rede que conseguiu realizar buscas em grande escala da fonte do relâmpago", continuou o astrônomo.
Segundo o cientista, o MASTER vai continuar a cooperar com o LIGO após o relançamento do observatório gravitacional que deverá ocorrer no início do outono deste ano. Além dos componentes terrestres da rede MASTER, o seu "primo" espacial, a sonda Lomonosov vai continuar estudando as ondas gravitacionais no espaço.