Em mensagens de voz divulgadas na internet em grupos de WhatsApp, homens que se identificam como coronéis reformados do Corpo de Bombeiros, ameaçam fazer ações de grande impacto na cidade durante os Jogos para atrapalhar o evento esportivo como, por exemplo, a obstrução de vias expressas e de linhas do BRT – Transporte Rápido por Ônibus. As ações estariam sendo planejadas por causa do atraso no pagamento de salários e aposentadorias da categoria, e o objetivo é chamar a atenção do país e do mundo para as más condições de trabalho da classe.
O Superintendente para Grandes Eventos da Secretaria de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros do estado, coronel Wanius de Amorim disse que os áudios já estão sendo periciados, e os identificados vão responder judicialmente.
“Os áudios já estão passando por um processo de perícia. Já estamos levantando a autoria e a materialidade. Caso sejam comprovados os autores e a materialidade, ou seja, o fato edificado seja administrativo ou seja no campo penal, não importa se da ativa ou da reserva, eles terão que responder perante a lei, perante a sociedade.”
Na quarta-feira (15), o governador em exercício Francisco Dornelles encaminhou ofício ao presidente interino, Michel Temer solicitando o emprego das Forças Armadas no Rio de Janeiro, no período de 24 de julho a 19 de setembro. A ideia é que os militares atuem no policiamento ostensivo principalmente, em vias de acesso da cidade como Linhas Vermelha e Amarela, Avenida Brasil, além do Aeroporto Internacional Tom Jobim.
No pedido, Dornelles alega que por causa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, haverá um elevado número de visitantes na cidade, além de inúmeras atrações paralelas ao evento e a Polícia Militar não possui recursos logísticos e humanos para o cumprir com todas as demandas.
O governador em exercício ressaltou ainda no documento, que a PM não terá apoio da Força Nacional de Segurança Pública no policiamento ostensivo da cidade, uma vez que a Força estará empregada, de maneira maciça, na segurança interna das instalações olímpicas.