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Temer quer diminuir atuação da EBC e fechar Tv Brasil

© Jornalistas LivresTrabalhadores da EBC protestam contra medidas arbitrárias
Trabalhadores da EBC protestam contra medidas arbitrárias - Sputnik Brasil
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O presidente em exercício, Michel Temer, pretende diminuir a atuação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que é controlada pela União. Um projeto de lei que prevê a redução dos custos da empresa deve ser enviado ao Congresso nos próximos dias.

Junto com isso, está nos planos da equipe de Temer fechar a Tv Brasil, que é responsável por metade dos custos da empresa de comunicação. A agência de notícias, a produção independente de conteúdo, monitoramento de mídia, entre outros ramos da EBC. 

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Conselho Curador da EBC reage à tentativa de interferência na TV Brasil
A previsão é de que o conselho curador, formado por 22 pessoas que tem maior poder de decisão dentro da empresa, possa ser desmantelado. Com o fim do conselho, o presidente de EBC pode ser destituído a qualquer momento, visto que este grupo precisa dar o aval para uma decisão deste porte. 

Assim que Michel Temer assumiu a presidência interinamente, exonerou o diretor-presidente da empresa, Ricardo Melo, de suas funções, indicando para o cargo o também jornalista Laerte Rimoli. Em seguida, Melo entrou com um pedido de recondução junto ao Suupremo Tribunal Federal (STF) alegando que, pela lei que criou a EBC em 2008, o mandato do diretor-presidente é de quatro anos, não coincidindo com o da presidência da República, justamente para assegurar a independência informativa do grupo, sem sofrer pressões políticas. 

No início do mês, o ministro Dias Tofolli, concedeu a liminar, permitindo a recondução de Melo ao comando da EBC até que o assunto seja julgado em definitivo.

Em entrevista à Sputnik Brasil, a presidente do Conselho Curador da EBC, Rita Freire, reagiu com indignação às ameaças que a empresa vem sofrendo. 

"É de espantar que um governo, por não conseguir trocar um presidente de empresa, queira então mudar a empresa ou acabar com ela” 

Estamos lidando com momentos de retrocesso muito graves, e todo esforço para proteger aquelas estruturas que são da sociedade e não são do governo precisa ser feito. É isso que o Conselho Curador da EBC tem feito, porque há uma campanha de desqualificação da comunicação pública, uma campanha que mostra o quanto há de desconhecimento do que seja comunicação pública", disse Rita Freira.  

A presidente do Conselho Curador diz lamentar a linguagem do governo interino, e a classifica de antiga. 

"Temos nos Brasil uma tradição da comunicação privada, por isso há uma luta muito grande para que nos consigamos modernizar a comunicação do Brasil com o tripé governo, privada e pública. A (comunicação) pública não é do governo, mas o governo não entende isso. O Geraldo Alckmin tem demonstrado isso, assim como a mídia de São Paulo. A TV Cultura passou por um desmonte, tem posições políticas muito claras, tem aparelhamento, e isso não pode acontecer com a TV Brasil", destacou.

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