Um dos exemplos dessa atitude que viola os princípios da Carta da OEA, segundo Rodriguez, é a entrevista que Almagro deu recentemente ao jornal espanhol El Pais.
"Uma evidência (…) das violações da Carta da OEA por parte de (Luis) Almagro. Estaremos observando", escreveu a chefe da diplomacia venezuelana em sua conta no Twitter, onde também pediu a renúncia do secretário-geral alegando que ele atua "como um ativista da oposição extrema e antidemocrática da Venezuela".
Na Assembleia Geral, o chanceler da Nicarágua, Denis Moncada, também pediu a renúncia de Almagro, enquanto o chefe da diplomacia do Equador, Guillaume Longg, exortou o funcionário a agir em estrita conformidade com as regras da OEA.
Em março deste ano, Almagro escreveu uma carta na qual se dirigiu ao presidente venezuelano com epítetos como "ladrão", "traidor" e "ditadorzinho", insistindo que o chefe de Estado deveria submeter-se a um referendo revogatório fora dos procedimentos estabelecidos na própria Constituição venezuelana.
Na entrevista concedida ao El Pais, Almagro reafirmou que "as prioridades na Venezuela devem ser o revogatório, a liberdade de presos [políticos] e a ajuda".