"Ao partir do direito de autodeterminação do povo porto-riquenho, aqui reclamo a ajuda da Organização para que se defina novamente que é de igualdade e respeito a relação que tem que existir entre Porto Rico e os Estados Unidos da América, assente sobre a vontade de ambos os povos, e não de um sobre o outro", afirmou Alejandro García Padilla.
O líder da ilha declarou também que as recentes decisões do Governo norte-americano tinham violado o pacto bilateral.
A medida poderá ir a votação na próxima semana no Senado norte-americano.
"Para não privar os nossos cidadãos de serviços básicos: em áreas tão essenciais como a saúde, a segurança e a educação, sendo um assunto de vida ou morte para tantos de meus compatriotas, me vi obrigado a apoiar a referida peça legislativa. Não vou submeter o meu país a miséria", disse Padilla.
Padilla falou perante o Comitê de Descolonização da ONU, que nesta segunda-feira, examina uma resolução a favor do direito de Porto Rico à livre autodeterminação e independência.
As autoridades porto-riquenhas pediram ao Congresso dos EUA que lhes permita invocar o Código de Falências federal para reestruturar sua dívida, tal como acontece com outras jurisdições norte-americanas, mas o Congresso foi derrubado por uma junta que teria poderes de supervisão e controle de despesas, bem como de definir prioridades orçamentais do país por cima de seu Governo.