Basta de perguntar o que a Rússia deve fazer na Síria!

© AFP 2023 / GEORGE OURFALIANVista pelo bairro Tal Sharba da cidade de Aleppo depois de a Força Aérea da Síria ter realizado ataques contra posições terroristas,
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O adjunto do representante permanente da Rússia na ONU, Vladimir Safronkov, propôs que se deixe de perguntar o que Moscou deve fazer para reconciliação dos lados em conflito na Síria, e começar a trabalhar conjuntamente.

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"Lembremo-nos de uma famosa declaração de um famoso presidente: Não o que a Rússia deve fazer, mas o que todos nós temos de fazer para ajudar a Síria a chegar a uma solução política, o que muitos de nós devem fazer para ajudar os esforços da Rússia e dos Estados Unidos a obter uma trégua verdadeira e a consolidar os esforços para combater o terrorismo", disse Safronkov numa reunião informal da Assembleia Geral da ONU sobre a Síria.

O diplomata acrescentou que a Rússia e os Estados Unidos têm feito muito para promover uma solução política para a Síria, assinalando também o trabalho do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG) e dos grupos para o cessar-fogo e assuntos humanitários.

"Apelo a todos nesta sala: você tem que mudar a pergunta ‘o que a Rússia deve fazer’ para ‘O que vocês e nós podemos fazer?’ Unir os esforços para combater as organizações terroristas", disse o representante da Rússia.

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Ele chamou de terroristas não apenas o grupo Daesh e a Frente al-Nusra (ambos proibidos na Rússia e em alguns outros países), mas também aqueles que 'enganam que são oposição moderada, mas realmente matam os cidadãos tal como as organizações terroristas fazem". "Eles simplesmente não estão nas listas [das organizações terroristas], porque por trás deles ficam patrocinadores influentes. As coisas devem ser chamadas por seus nomes verdadeiros, caso contrário nada será resolvido", disse Safronkov.

Ao mesmo tempo, ele criticou os representantes da ONU – o enviado especial para a Síria Staffan de Mistura, o vice-secretário-geral para os Assuntos Humanitários, Stephen O'Brien e para os Direitos Humanos Ivan Simonovic, que não mencionam nos seus relatórios a luta do Exército sírio contra os terroristas.

"O debate está sendo realizado como se não existissem terroristas na Síria", disse ele. "Estamos na Síria e sabemos o que está acontecendo. Ali combatem as forças aéreas russas, morrem soldados russos. Nós damos uma enorme contribuição para a normalização da situação humanitária", disse Safronkov.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse durante a reunião que, para convocar a próxima rodada de negociações, deve ser atingido o entendimento entre os copresidentes do Grupo Internacional de Apoio à Síria – a Rússia e os Estados Unidos. Ele também disse que não voltará à questão da convocação da rodada de negociações não antes de julho.

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