De acordo com o advogado, citado pelo jornal português Público, a liberdade é fruto de um pedido de habeas corpus. Esta declaração foi feira por ele no Hospital Prisão São Paulo, em Luanda.
Segundo Francisco, "agora é aguardar o recurso do Supremo e Constitucional, os processos demoram muito tempo e o fundamental é eles aguardarem em liberdade".
Antes, a defesa tinha insistido na inconstitucionalidade do processo no tribunal de primeira instância. O Tribunal Provincial de Luanda acusou os ativistas de "atos preparatórios de rebelião e de associação de malfeitores".
Em 20 de junho de 2015, 13 jovens estavam reunidos em um encontro organizado em um edifício ligado a Alberto Neto, líder do extinto Partido Democrático de Angola. Naqueles encontros, se discutia a não violência como o único método de luta política. Foi em 20 de junho que eles foram detidos, começando o julgamento só em 16 de dezembro daquele ano.
Outros 13 ativistas foram condenados a quatro anos e seis meses de prisão. São eles Nuno Dala, Sedrick de Carvalho, Nito Alves, Inocêncio de Brito, Laurinda Gouveia, Fernando António Tomás, Afonso Matias, Osvaldo Caholo, Arante Kivuvu, Albano Evaristo Bingo-Bingo, Nelson Dibango, Hitler Samussuku e José Gomes Hata. Já Rosa Conde e Jeremias Benedito pegaram dois anos e três meses de prisão.
Estas penas foram anunciadas em finais de março de 2016. O processo gerou uma onda de críticas tanto no país, como em Portugal, provocando um debate sobre a ditadura do MPLA, partido atualmente no poder em Angola.