Itália não quer sair da UE, mas planeja deixar zona do euro

© Sputnik / Alexander VilfRoma, Itália
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Os resultados das recentes eleições administrativas (de prefeitos) revelaram que o partido M5S recebeu o apoio da sociedade. Ele tem 19 lugares de 20. Isso significa que as iniciativas do partido deverão ser consideradas.

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"Sempre dizíamos que o euro, assim como é, não funciona, e precisamos de euro-2 ou de uma moeda alternativa", destacou Luigi Di Maio, vice-presidente da Câmara dos Deputados italiana. "E o futuro do euro deve ser decidido pelos cidadãos italianos."

Há um ano o M5S (Movimento 5 Estrelas) conseguiu 200 mil assinaturas exigindo do Parlamento a marcação de referendo consultivo sobre a saída da zona do euro. Até agora o Movimento não conseguiu alcançar seu intento. Um dos autores da iniciativa, Carlo Sibilia, falou à Sputnik-Itália do preço que o país está pagando por ficar na zona do euro.

"Desde o momento da adesão à zona do euro a Itália está vivendo, do ponto de vista econômico, um dos períodos mais difíceis de sua história. Pararam de funcionar mais de 30% das empresas italianas que de fato mantinham firmemente todo o país <…> Isto nos obriga a comprar a mercadoria no exterior, porque aqui não a produzimos mais."

De acordo com deputado, eles não querem sair da União Europeia, mas pensam em deixar a zona do euro.

"Estamos examinando a questão de voltar à moeda nacional. <…> Queremos devolver para o povo italiano a soberania monetária."

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"Quanto à ideia de dois padrões de euro, essa é uma das opções. Trata-se de ter uma moeda para os tipos de economia parecidos dentro da zona do euro. A economia da Espanha e as de países do Sul da Europa são muito semelhantes. Provavelmente o único país da UE cuja economia é muito diferente da de outros países é a Alemanha. A proposta sobre dois padrões de euro, no período atual, em minha opinião, não é muito realista, mas continuamos a considerar a ideia."

"A Constituição da Itália não pressupõe referendos sobre questões de competência de formações interestatais (UE). Por isso oferecemos referendo consultivo e perguntamos o que os cidadãos pensam. Na Itália, em 1989, o premiê de então, Giulio Andreotti, marcou o referendo consultivo sobre a Constituição europeia. A qualquer momento você pode consultar os cidadãos, é o princípio de qualquer democracia. Por isso é que vamos fazer tudo o que pudermos nesse caso."

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