"Tentamos nos impressionar mutuamente usando o potencial militar. Isso deve ser regulado de qualquer forma. Não acredito em uma confrontação militar de longo prazo porque isso não faz sentido. Nenhum problema na Europa ou nos EUA será resolvido assim, e esta é uma grande diferença do período da Guerra Fria", disse.
Também acrescentou que, hoje, nem todos se lembram que três quartos da população mundial são indiferentes no que tange às relações entre a Rússia e a OTAN. Lukyanov afirmou que este período nervoso nas relações pode durar mais 2-3 anos, mas depois a situação será alterada. O especialista disse que pode piorar bem como melhorar.
O especialista turco disse que, pelos vistos, a confrontação terá um caráter estável. Unluhisarcikli afirmou que a situação em outras regiões também depende da segurança na Europa.
Segundo o analista político búlgaro, presidente do Centro de Estratégias Liberais em Sofia, Ivan Krastev, quando se fala da Guerra Fria, todos se lembram somente do seu último período, quando tudo estava bastante tranquilo. Entretanto, no seu início, os adversários tentaram minar repetidamente os interesses um do outro. Assim, muito do que agora é considerado como exclusivo naquela altura era uma coisa habitual.
"A ameaça principal são os terroristas e não o arsenal nuclear da Rússia. Queria destacar que o comportamento russo gera preocupações porque a Rússia se expressa de forma franca sobre as armas nucleares, a URSS não se permitia fazê-lo", sublinhou Krastev.
Segundo Constanze Stelzenmuller, especialista do Instituto Brookings, em resultado da etapa atual de confrontação não haverá quaisquer alterações territoriais, como aconteceu antes. Acrescentou também que "no final de contas, penso que, sem a Rússia, a segurança na Europa será impossível".