O projeto prevê a criação, a uma distância de 4,5 quilômetros da costa, de um porto marítimo, um aeroporto, uma estação de dessalinização da água do mar, uma usina elétrica e um hotel. A construção de alojamentos na ilha não está prevista. A ilha estará ligada com a Faixa de Gaza por uma ponte com o posto de controle no centro desta.
De acordo com avaliações de Yisrael Katz, o projeto será pela sua essência econômico, mas terá também um significado estratégico e político. Segundo disse o ministro, o programa facilitará em muito a vida da população da Faixa de Gaza e será um passo importante no caminho da demarcação civil de Israel.
Em entrevista à Sputnik, o professor do Centro de Estudos das Relações Internacionais do Instituto chinês de meios de comunicação social Yan Mian comentou a possível adesão da China ao projeto:
"Se este projeto ajudasse a melhorar a situação em torno da própria Faixa de Gaza ou prestasse ajuda à Gaza, por exemplo, do ponto de vista de abastecimento de água doce e com a construção do porto, poderia de alguma forma atenuar os problemas da vida da população civil de Gaza, neste caso a China teria possibilidade de considerar a possibilidade de participar neste projeto."
O especialista da Academia diplomática da China Ren Yuanzhe também comentou o assunto à Sputnik, dizendo:
"Primeiramente a China presta muita importância às negociações palestino-israelenses e à resolução pacífica do conflito. Segundo, a construção da ilha também pode ajudar a pacificar a situação nesta região. Israel tem acordo de paz com o Egito, um grande contributo para o processo de paz poderia no futuro garantir uma próxima reconciliação de Israel e Palestina".
A este respeito, em entrevista à Sputnik, Avraam Shmulevich, um famoso cientista político, rabi e presidente do Instituto da Parceria Oriental, disse:
"Na realidade a ideia de construção de uma ilha artificial é antiga. Esta foi proposta há já bastante anos atrás – mais de dez anos, pelo Shimon Peres, o então primeiro-ministro [de Israel]. A ideia é executável do ponto de vista técnico. De ponto de vista político e econômico a perspectiva deste é também bastante clara. Porque foi a China convidada? Isso não provoca qualquer surpresa minha. Ela muito cuidadamente, muito sensatamente e muito coerentemente aumenta sua presença em toda a região em redor de Israel".
Neste respeito cabe mencionar também que, nos finais de março, a China e Israel começaram as negociações para um acordo criando o mecanismo de uma zona de livre comércio. A zona conseguiria dobrar o volume das trocas comerciais entre os dois países para 16 bilhões de dólares.