Tony Blair pode ser julgado pela guerra do Iraque

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Um grupo de deputados britânicos pretende iniciar o processo de “impeachment” contra Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, que pode acabar proibido de ocupar cargos altos no país, segundo informou o jornal The Guardian.

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De acordo com o Relatório Chilcot — comissão de investigação independente sobre a participação da Grã-Bretanha na guerra do Iraque, em 2003 —, Tony Blair é culpado pela morte de 179 soldados e mais de 150 mil civis durante o conflito. O próprio Blair de negou a comentar a questão até que a documentação, supostamente avaliada pela investigação, seja apresentada.

“Na quarta-feira, 6 de julho, será publicado o relatório. Como disse muitas vezes durante estes anos, vou esperar o relatório e então vou me expressar de maneira completa e adequada”, disse Blair à rede Sky News.

Se Blair for declarado culpado, pode ser até preso. Ainda assim, Alex Salmond, líder do Partido Nacional Escocês, e seus partidários asseguram que uma condenação moral e a proibição de ocupar cargos elevados no país seriam suficientes.

Os integrantes do Parlamento britânico recorrerão a uma lei antiga, utilizada pela última vez em 1806 contra o ministro conservador Lord Melville, acusado de apropriação indevida. Apesar de absolvido, Lord Melville teve de abandonar a política.

Em março de 2003, a Grã-Bretanha e os EUA invadiram o Iraque em busca de armas de destruição em massa, supostamente em mãos de Saddam Hussein. Tais armas nunca foram encontradas. Em outubro de 2015, Blair pediu perdão pelo papel que desempenhou na guerra do Iraque e admitiu que o conflito ajudou na criação do grupo terrorista Daesh.

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