O festival reúne 17 filmes raros, desconhecidos do público brasileiros, que dão uma dimensão diferenciada da chamada cortina de ferro, a divisão da Europa em Oriental e Ocidental, pós Segunda Guerra Mundial, na Guerra Fria.
A retrospectiva foi organizada pela Dilúvio Produções com curadoria de Thiago Brito e Pedro Henrique Ferreira, com colaboração de Ludmila Cvikova e Melissa Van Der Schoor, do Festival Internacional de Roterdã, e do historiador Serguey Lavrentiev.
Segundo os organizadores, não se imagina uma produção mais popular quando se pensa em arte soviética de modo geral. São bangue-bangues cheios de aventura, que lembram filmes americanos e italianos.
Entre os destaques da mostra estão os filmes 'O Sol Branco do Deserto', de 1969, de Vladimir Motyl, que altera ideologicamente a figura do cowboy do Velho Oeste para o soldado bolchevique do Leste Europeu; 'Os Filhos da Grande Ursa', de 1966, de Josef Mach, que mostra o índio como protagonista na luta contra o avanço imperialista e desenvolvimentista dos Estados Unidos; além de 'As papoilas vermelhas' do Issyk-Koul, de 1971, de Bolotbek Shamshiev; e 'A sétima bala', de 1972, de Ali Khamraev.
Na abertura da mostra, no dia 7 de julho, haverá uma sessão especial de abertura às 19h10, com a exibição do filme 'Em Casa, com estranhos'.
O festival 'O Faroeste Vermelho' conta ainda com debates sobre as transformações do gênero western com o chefe de preservação da Cinemateca do Museu de Arte Moderna, Hernani Heffner, e Juliano Gomes, crítico e professor, no dia 12 de julho, às 19h. No dia 16 de julho, será a vez da participação do historiador Daniel Aarão Reis Filho, que vai falar sobre a revolução e cultura popular na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.