A declaração respectiva foi feita durante o programa “Svoboda Slova” ("Liberdade de Expressão") do canal televisivo ICVT, informou a agência ucraniana de notícias UNN.
“Na atual situação militar e política, devemos esquecer que podemos bater na porta da OTAN e esperar sermos aceites”, disse o ex-agente de segurança ao falar sobre a próxima cúpula da aliança na Polônia.
“Infelizmente, a Ucrânia era a última sonhadora da Europa. Realmente achávamos que afinal faríamos parte da comunidade euro-atlântica. Lamentavelmente, perdemos essa oportunidade. Hoje as perspectivas de adesão à OTAN são muito fracas. No momento elas não existem e temos que compreender isso”, acrescentou Smeshko, que chefiou o Serviço de Segurança da Ucrânia nos anos 2003-2005.
Em dezembro de 2014 a Suprema Rada (parlamento da Ucrânia) introduziu alterações a duas leis, desistindo do estatuto de país não-alinhado. A nova doutrina militar pressupõe o restabelecimento da linha política de adesão à OTAN: até 2020 Kiev deve assegurar a plena compatibilidade do seu exército com as forças dos países-membros da aliança.
Em meados de dezembro de 2015, durante a visita do presidente Pyotr Poroshenko a Bruxelas, foi assinado um roteiro para a cooperação técnico-militar entre a Ucrânia e a OTAN.