Multidões de estudantes tomaram as ruas da capital chilena, Santiago, na terça-feira (5) em protesto contra as reformas educacionais do governo e exigindo a renúncia da ministra da Educação, Adriana Delpiano.
Na segunda-feira, o governo chileno encaminhou para o Congresso um projeto de reforma do ensino superior, visando instaurar gradualmente o ensino gratuito; os estudantes, contudo, não gostaram do projeto.
#Chile: Protest in solidarity with students arrested during the march for better free education in #Santiago Yday. pic.twitter.com/zzcvgV352z
— ToChangeEverything (@a0an0) 29 июня 2016 г.
Bachelet no cumple su promesa y manda reprimir a quienes se lo recuerdan #MarchaEstudiantil https://t.co/Yv2MapZWYG pic.twitter.com/dS64OsWhLJ
— Josef K (@Kafkava) 5 июля 2016 г.
Enquanto cerca de 165.000 estudantes podem frequentar 30 universidades de graça este ano, os críticos têm apontado que as reformas abrangem apenas os estudantes da faixa mais pobre da população, deixando os restantes inelegíveis.
A educação no Chile é uma das mais caros do mundo: os estudantes chilenos pagam até cinco vezes mais do que os seus colegas dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O problema persiste desde a altura de Pinochet, cujo governo militar submeteu o país a duras reformas neoliberais.
No ano passado, a presidente chilena, Michelle Bachelet, aprovou a chamada "lei rápida", que visa fomentar a educação pública gratuita, reformando o legado de Pinochet. Contudo, a reforma não agradou a todos.
Há um mês, em outro ato contra a reforma da Educação, estudantes chilenos invadiram o palácio presidencial de La Moneda em Santiago.