No que diz respeito à fauna pelágica, como foi observado por um dos autores do relatório, o professor australiano de radioquímica Pere Masque, em 2011 cerca de metade das amostras de peixe nas águas costeiras de Fukushima continham uma quantidade de radiação significativamente acima da norma, mas, em 2015, este número caiu abaixo de 1%.
Assim, podemos esperar nova queda deste indicador, o que fará com que todo o peixe na área se torne saudável. Apesar disso, a vigilância da situação ecológica vai continuar.
Os resíduos radioativos líquidos podem ser vertidos ao oceano de maneira especial ou ser armazenados em fossas oceânicas, diz o geoquímico russo e especialista em radioecologia Viktor Kopeikin:
"É costume considerar um prazo de armazenamento dos resíduos fortemente radioativos de mil anos ou mais. Ao mesmo tempo, deve ser garantida a segurança do local de armazenamento. Mas quem realmente pode dar essa garantia? Vemos como em diferentes áreas, calmas durante milhares de anos, de repente ocorrem cataclismos fortes e muito destrutivos. Nem vale a pena falar do Japão, onde constantemente há perturbações".
No entanto, a purificação da água de trítio é um processo muito dispendioso, por isso, é possível que a água seja lançada para o oceano. Os ambientalistas japoneses exigem que o trítio seja removido da água, apesar de a sua radiação ser mais fraca do que a de estrôncio ou de césio. Mas muitos cientistas dizem que os receios são infundados, porque o trítio é considerado um dos materiais radioativos menos perigosos produzidos em usinas nucleares. "A radioatividade do trítio é tão fraca que ela não penetra nem mesmo através de um invólucro de plástico", argumenta Shunichi Tanaka, físico japonês, vice-presidente do Instituto de Pesquisas Nucleares (The Nuclear Regulation Authority).