A Europa deve se concentrar em atrair investimentos chineses na área de tecnologias da informação e de telecomunicações. Esta declaração foi feita pelo presidente da associação comercial ChinaEU Luigi Gambardella e foi citada no dia 7 de julho pelo jornal China Daily.
Mas também há receios. Exemplos demonstrativos disso são os rumores na Alemanha sobre um acordo de aquisição do gigante projetista de robôs Kuka e sobre uma possível privatização do aeroporto de Frankfurt-Hahn. Em ambos os casos os círculos políticos da Alemanha fazem uso de pressões fortes sobre os empresários, bem como sobre as autoridades, para fazer malograr essas transações. Mas, apesar de tudo, a companhia chinesa de tecnologias domésticas Midea está comprando o gigante Kuka. Já a aquisição do aeroporto está adiada por causa de atraso na transferência de fundos pelo investidor chinês para as contas de seu parceiro alemão.
O especialista do Instituto da Europa da Universidade Popular da China Huang Weiping julga que ambos os lados devem desenvolver a cooperação, apesar das barreiras aos investimentos:
"Acho que, embora não haja decisão definitiva sobre o acordo de investimentos entre a Europa e a China, o processo de cooperação em investimentos entre a UE e a China está se intensificando e estimulando. <…> A maneira melhor para desmantelar as barreiras aos investimentos é usar a primeira regra dos homens de negócios – sempre o benefício comercial e nunca envolver no negócio os motivos políticos".
"A China se desenvolve depressa demais, compra ativos estrangeiros depressa demais. Uma era em que a China domine na área de alta tecnologia se torna cada vez mais próxima e provoca um medo natural".
A mesma tendência é observada no estado dos investimentos entre a China e os EUA. Nas margens da cimeira bancária e de investimento nos Estados Unidos, o representante comercial do país Michael Froman disse que os EUA estavam interessados em investimento chinês, mas que as propostas da parte chinesa nesta área "estavam para além de ser aceitáveis". A China também tem muitas pretensões contra os parceiros americanos por não obter um acesso justo do investimento chinês aos setores sensíveis da economia americana.
Estas contradições vão se agravar em um ambiente de mudança de poder nos EUA e as partes vão negociar de forma encarniçada esta questão, avisam os especialistas.