“O anonimato garantido pelo FPB Bank e pela Mossack Fonseca aos seus clientes gera fundada suspeita de acobertamento de crimes. Essa suspeita é reforçada no caso do FPB Bank pela aparente clandestinidade de suas atividades no Brasil, pois sequer é desenvolvida por representação formal”, diz o despacho.
No documento, Moro afirma também que não se sabe a identidade dos titulares das contas abertas pelo FPB e nem das pelo menos 44 off-shores constituídas pela Mossack Fonseca. O juiz acrescenta que as medidas investigatórias requisitadas pela PF “são imprescindíveis para esclarecer a extensão das atividades do FPB Bank no Brasil e identificar seus clientes e os ativos destes.”
A investigação, segundo Moro, busca apurar eventuais crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação irregular de instituição financeira e “eventual auxílio material prestado pelo FPB Bank no Brasil aos agentes envolvidos no esquema criminoso na Petrobras”.