EUA afirmam ter expulsado dois funcionários russos

© AP Photo / J. Scott ApplewhiteParte da Embaixada Russa em Washington
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Os Estados Unidos expulsaram dois funcionários russos no último dia 17 em resposta a um ataque sofrido por um agente norte-americano em Moscou, conforme anunciou hoje o Departamento de Estado dos EUA, sem dar detalhes sobre as funções exercidas por esses cidadãos russos no país.

No dia 6 de junho, uma câmera registrou uma intensa briga entre um guarda russo e um diplomata americano em frente à embaixada dos EUA na Rússia. Na gravação, é possível ver o policial tentando a todo custo evitar a entrada do outro homem no prédio. O incidente, recheado de polêmicas, tem aumentado a onda de tensões entre os dois países, que seguem trocando acusações.

Segundo as autoridades russas, o homem que aparece nas imagens seria um espião da CIA que teria tentado entrar na embaixada sem apresentar suas credenciais. Ao ser interpelado pelo guarda, os dois teriam iniciado uma discussão e o agente russo, que afirmou não saber se aquele cidadão era ou não uma ameaça para a representação diplomática dos EUA em Moscou, uma vez que ele se negou a apresentar seus documentos, acabou agarrando o americano.

A porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, acusou o governo americano de vazar a história, distorcida, para a imprensa com o objetivo de minar as relações bilaterais, e disse que o Departamento de Estado deveria simplesmente agradecer ao guarda por proteger a embaixada americana. De acordo com ela, o vídeo do incidente havia sido enviado para Washington logo após o ocorrido, e a Rússia apresentou uma queixa formal. Ela enfatizou que os EUA que pediram à Rússia para fazer a guarda da embaixada com a sua polícia.

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EUA estão cientes de incidente envolvendo polícia russa e diplomata americano

"Além disso, eles regularmente nos pedem para aumentar a segurança" no local, afirmou.

Em Washington, apesar das pressões do Congresso, a administração Obama tem se negado a comentar em detalhes o incidente, se limitando a dizer que as declarações russas foram imprecisas.

Em artigo publicado ontem, o Washington Post, primeiro jornal a escrever sobre o caso, admitiu que o cidadão americano envolvido na briga seria mesmo um agente da inteligência, algo que teria sido confirmado por pelo menos dois funcionários do governo dos EUA. Ele teria corrido para a embaixada após ser descoberto pelo serviço secreto russo, que o teria perseguido pelas ruas de Moscou. De acordo com o jornal, o guarda que aparece no vídeo seria um oficial do FSB, que não conseguiu impedir a entrada do agente na embaixada.

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