Helicópteros, sirenes e centenas de agentes especiais nas ruas: a capital polonesa está sitiada, segundo relata o correspondente da Sputnik em Varsóvia. Delegados da cúpula da OTAN atravessam o centro da cidade em carreatas com escoltas, observando a movimentação das ruas através das janelas de suas limusines pretas.
Mas parece que nem todos estão felizes com essa esmagadora demonstração de poder. Movimentos pacíficos internacionais de 14 países enviaram seus representantes para a capital da Polônia a fim de realizar uma Cúpula Alternativa. Eles protestam contra as políticas de guerra e conflito com o lema "Não à guerra e às bases da OTAN".
"A OTAN está agora realmente preparando os últimos passos para cercar a Rússia. E isso não é pacífico…", diz Reiner Braun, um dos organizadores da Cúpula Alternativa e copresidente do Secretariado Internacional da Paz. "Nós estamos preocupados com a dinâmica com a qual esta situação pode ir. Ela pode ir para uma grande guerra. E você sabe que uma grande guerra na Europa será a última, porque vai ser feita com o uso de armas nucleares", adverte o ativista.
Participants of Alternative Summit in Warsaw: NATO's anti-Russian rhetoric is wrong. pic.twitter.com/jeckoOuuF7
— Denis Bolotsky (@BolotskySputnik) 8 июля 2016 г.
De acordo com muitos de seus companheiros, a incitação do sentimento antirrusso na Polônia e em outros países da Europa faz parte da agenda de Washington. A Sputnik entrevistou Ann Wright – oficial aposentada do Exército dos EUA e ex-diplomata norte-americana. Segundo ela, seu país está levando a OTAN na direção errada:
"A retórica que está saindo dos países da OTAN sobre a ameaça da Rússia, acho que é totalmente errada. Para os Estados Unidos é uma maneira econômica de continuar a nossa enorme quantidade de gastos com o complexo industrial militar".
No sábado (9), os participantes da Cúpula Alternativa vão marchar pelas ruas de Varsóvia para expressar suas preocupações sobre a expansão da aliança militar ocidental e as políticas de guerra da organização.