De acordo com a proposta polêmica, que altera o Estatuto do Desarmamento, propõe que as armas apreendidas nas ações policiais só seriam doadas após e realização de um laudo técnico e do fim da investigação e do processo na Justiça.
O projeto determina ainda, que metade das armas seriam destinadas ao estado onde foram recolhidas. Hoje, todos os fuzis, metralhadoras, espingardas, pistolas e revólveres apreendidos nas operações policiais são encaminhados ao Exército onde são destruídos. Já as armas com valor histórico são levadas para museus.
De acordo com o autor da proposta, o senador Wilder Morais, a cada dia cresce o número de apreensões em todo o Brasil de armas de grande calibre e alto poder de destruição, que estão nas mãos de traficantes. O senador destaca, que somente em janeiro deste ano, a Polícia Militar do estado de Goiás recolheu das ruas 324 armas de fogo, que serão destruídas.
Wilder Morais alega que a doação do arsenal para os órgãos de segurança pública, além de economizar recursos na compra de novos armamentos, vai ajudar a aparelhar melhor a polícia contra a criminalidade.
"A polícia militar está usando hoje arma muito inferior ao que os bandidos estão usando, como por exemplo metralhadora, fuzil, ponto 40, que são armas que o bandido está muito mais equipado do que os próprios policiais. Então é arma do bandido usando contra o bandido. E um projeto que querendo ou não seja polêmico, mas nós temos que preservar as nossas Polícias Militares para que estejam em condições iguais para enfrentar a bandidagem hoje que é crescente em nosso país."
Após análise da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, a proposta vai ser encaminhada para votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado antes de seguir para a Câmara dos Deputados.