O recurso de Eduardo Cunha foi derrotado por 48 a 12. Ou seja, o relatório do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), que levaria o processo de volta para o Conselho de Ética, foi rejeitado. Cunha argumentava 16 irregularidades, mas o relator entendeu que apenas uma era procedente, a votação nominal teria sido feita sem amparo nas regras da Câmara.
Porém, a CCJ entendeu que a votação por chamada por partido em ordem alfabética foi acordada pelo Conselho e faz parte das práticas da Câmara.
Foram necessárias três sessões para que os deputados que compõem a CCJ conseguissem votar o parecer do relator sobre o recurso. Deputados aliados de Cunha tentaram por diversas vezes obstruir a votação, apresentando sucessivos requerimentos para que ela fosse adiada, todos negados.
O atraso nos trabalhos da CCJ, entretanto, acabou jogando para agosto a votação em plenário sobre a cassação de Cunha, pois a Câmara entra, ao fim desta semana, em “recesso branco”, sem votações.