Djordjevic salientou que o reforço da cooperação com a Aliança não significa que Belgrado esteja comprometendo seu princípio de neutralidade.
"Todos os acordos concluídos com OTAN têm por objetivo criar melhores condições para realização da cooperação, em que nós concordámos em 2007. Interpretações de que ao ratificar o SOFA (Status of Forces Agreement) e acordos de apoio logístico a Sérvia tenha dado um passo em direção da OTAN são tendenciosas e erradas", disse Djordjevic.
"Os representantes de alto nível dos Estados da OTAN têm recentemente utilizado qualquer oportunidade para reforçar a solidariedade na Aliança, mas ao mesmo tempo eles sublinham a importância de laços mais estreitos com a Rússia", disse o ministro.
O ministro acrescentou que a retórica da cúpula em Varsóvia demonstrou que, apesar de deterioração das relações OTAN-Rússia, a Aliança estava buscando melhorias.
Segundo Zoran Djordjevic, a Sérvia irá analisar a possibilidade de realização de um exercício militar conjunto com a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO em sigla inglesa), em futuro próximo.
"Depois do diálogo a nível parlamentar, bem como das conversações com o secretário da CSTO Geral [Nikolai] Bordyuzha, vamos analisar a possibilidade de desenvolver a cooperação militar, em particular organizando exercícios conjuntos e em outras esferas da atividade, com o apoio ao Ministério do Interior sérvio, incluindo na luta contra o terrorismo e o tráfico de drogas", manifestou o ministro.
Desde 2014, a OTAN tem construído sua presença militar na Europa, particularmente nos países da Europa de Leste que são vizinhos da Rússia, usando a crise ucraniana como um pretexto para avançar na região.