Na sexta-feira, o premiê chinês se reuniu com o primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe em Ulan Bator, na Mongólia. O encontro decorreu no âmbito da cúpula do Diálogo Ásia-Europa (ASEM).
"O Japão não é uma parte envolvida na questão do mar do Sul da China e por isso tem que tomar cuidado com suas palavras e ações, não agravar a situação e não intervir na disputa", declarou Li Keqiang citado pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
Na terça-feira, o Tribunal Internacional de Haia examinou a denúncia das Filipinas e decidiu que a China não possui nenhuma base legal para pretensões territoriais no mar do Sul da China nos limites da "linha de nove raias". A China já respondeu que não considera válida a decisão da Corte Permanente de Arbitragem de Haia, não a reconhece e não a admite.
A China e o Japão têm uma disputa territorial em torno do arquipélago Diaoyu (Senkaku) no mar da China Oriental. As relações entre os dois países pioraram em 2012, quando o governo japonês adquiriu três das cinco ilhas pertencentes a um proprietário japonês e que Pequim considera como território chinês. Além disso, o Japão de vez em quando comenta as disputas entre a China e seus vizinhos no mar do Sul da China, irritando Pequim. A China acha que esta questão não tem nada a ver com Tóquio.