O físico já tinha estado preso na França, após ser condenado a 5 anos de prisão sob a acusação de planejar atentados terroristas. Após 2 anos na prisão, obteve liberdade provisória e se mudou para o Rio, onde se tornou professor visitante do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O físico Adlène Hicheur é deportado para a #França. O franco-argelino, que dava aulas na UFRJ, já cumpriu pena por #terrorismo
— Rádio BandNews FM (@radiobandnewsfm) 16 июля 2016 г.
Seu contrato com a UFRJ terminaria em julho, mas a universidade decidiu renová-lo por mais um ano. Por isso, encaminhou aos órgãos federais a documentação necessária para a renovação do visto. Mas hoje foi publicada no Diário Oficial da União uma decisão do Ministério da Justiça negando o pedido de renovação, sem exposição de justificativas.
@ItamaratyGovBr E o terrorista Adlène Hicheur que, ainda, está no Brasil? Espero que ele seja expulso!! https://t.co/GV261ZAngV
— Rafael F. (@rafaelfachi_) 18 мая 2016 г.
Hicheur estava em sua casa, na Tijuca (zona norte do Rio), quando agentes da Polícia Federal chegaram e avisaram que ele seria imediatamente deportado. Os policiais aguardaram o fim da apresentação e a organização da bagagem do físico, que no início da tarde foi levado ao aeroporto do Galeão.
Em nota à imprensa, o Ministério da Justiça disse que, "acolhendo recomendação da Polícia Federal e tendo em vista o indeferimento do pedido de prorrogação de autorização de trabalho no país, e dada a conveniência ao interesse nacional, autorizou a deportação sumária" de Hicheur.
Em janeiro, a revista Época divulgou que a Polícia Federal monitorava Hicheur em razão de suas supostas atividades terroristas – algo que o físico sempre negou. Na época, ele chegou a pedir desligamento da UFRJ e cogitou voltar para a Europa, mas foi convencido por colegas a permanecer no Brasil como pesquisador (ele deixou de dar aulas).