De acordo com a nota a que o blog teve acesso, os profissionais cujos contratos terminam este ano deixariam o Brasil em agosto, mas, devido às Olimpíadas e às eleições, o prazo de saída foi prorrogado até o dia 9 de novembro para que a população assistida pelos cubanos não fique sem médicos durante esse período.
“Todas estas mudanças obedecem a razões políticas, porque todos sabemos, pela experiência com a Venezuela, que não é muito positivo que no meio de um evento internacional, como são as Olimpíadas, se gerem manifestações por parte da população reclamando por atenção médica. A outra situação que nos une é o tema das eleições”, diz o comunicado.
“Esclarecemos que o Brasil esteve na melhor disposição de prorrogar o contrato com os mesmos médicos, mas devido a estratégias de trabalho, o Ministério da Saúde de Cuba não aprovou que a renovação do contrato fosse com os mesmos médicos”, diz o texto, sem esclarecer se o contrato com o governo brasileiro, sob a presidência interina de Michel Temer, será mesmo renovado, com a vinda de outros médicos em substituição aos que foram convocados de volta a Cuba.
Também não foi esclarecido qual será o destino dos outros médicos cubanos que participam do Mais Médicos, cerca de 11 mil no total.