Após revogar a prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, que investiga denúncias de favorecimento a empresas em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, do Ministério da Fazenda, Rodrigo Maia prometeu ao conversar com a imprensa, que vai pedir agilidade na tramitação da proposta que limita os gastos da União, que ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e por uma comissão especial.
Renan Calheiros também afirmou que entre os temas debatidos com Maia e Temer, estará uma proposta do Senado com tópicos de reforma política, como fim das coligações nas eleições proporcionais.
De acordo com Maia, a ideia é fazer um esforço coletivo para garantir quórum suficiente para realizar as votações na volta do recesso, em agosto, mesmo em plena realização dos Jogos Olímpicos e preparação para as eleições municipais.
"A nossa intenção é organizar um esforço concentrado a cada dois dias da semana, para que não fique uma semana inteira sem trabalho, e fazer o diálogo dos temas que nós vamos pautar antes, e assim conseguir chegar ao Plenário já com uma posição quase consensual sobre os temas, o que facilita a votação."
Já sobre o processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Rodrigo Maia também prometeu que a votação em Plenário será em agosto, em um dia que houver quórum garantido na Casa, para ser um processo transparente.
"Assim que nós tivermos clareza de que haverá quórum adequado para essa votação. Quero votar de uma forma transparente e quórum elevado, porque, em qualquer votação com quórum baixo, nós sabemos que poderemos estar interferindo a favor ou contra. E isso não é correto. Nós temos que escolher a semana certa, já que teremos Olimpíadas, depois convenções, e depois eleição."
Para que Eduardo Cunha tenha o mandato parlamentar cassado será preciso a aprovação de, no mínimo, 257 deputados, ou seja, a maioria absoluta da Câmara.