Nesta reunião, o banco aprovou o financiamento do projeto de construção de hidrelétricas de pequeno porte na República da Carélia, na Rússia, no valor de 100 milhões de dólares. Além disso, foi celebrado um acordo-quadro com o BNDES e com o Banco Asiático de Desenvolvimento.
"Hoje, o conselho de diretores celebrou um acordo-quadro com duas instituições: Banco Asiático de Desenvolvimento e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social", disse o vice-ministro russo. Após a celebração desse acordo, as partes poderão finalmente inciar um diálogo mais específico e começar a negociar a realização de projetos concretos, disse o vice-ministro das finanças da Rússia, Sergei Strochak, que elogiou o trabalho realizado pelo presidente do banco, o indiano Kundapur Vaman Kamath.
O vice-primeiro ministro da China, Zhang Gaoli, discursou durante a cerimônia de abertura do conselho de diretores garantiu que o governo da China seguirá apoiando as atividades do banco de desenvolvimento dos BRICS.
"China concedeu muitas condições favoráveis para a instituição e o funcionamento do banco. O governo da China seguirá oferecendo apoio ao NDB, para que o banco possa operar com sucesso", disse Zhang Gaoli.
"Os países do BRICS estão enfrentando diversos desafios e ameaças. Tenho certeza de que as dificuldades também trazem oportunidades. Devemos transformar crises em oportunidades. Estamos certos de que a tendência de fortalecimento do peso dos países do BRISCS será mantida. O nosso papel seguirá aumentando arena global", disse o chinês.
O especialista russo Aleksandr Apokin, diretor do grupo de pesquisa da economia mundial do Centro de Análise Macroeconômica e de Previsões de Curto Prazo da Rússia, explicou o procedimento em entrevista para a rádio Sputnik.
"O banco dos BRICS é um banco de desenvolvimento de escala global, e deve possuir expertise no âmbito dos projetos que financia. Por isso a parceria com os dois bancos intermediários, que possuem grande expertise nesse campo em países da CEI e da União Euroasiática."
Segundo o especialista, "Brasil, Índia e China já aprovaram projetos dessa escala" no âmbito do NDB, e "agora é a vez da Rússia".
Até o momento, 45 pessoas já foram contratadas para trabalhar na sede da instituição em Xangai. Até o final do ano, o quadro de funcionários da instituição deve aumentar para 100.
O Bando dos BRICS começou a funcionar no ano passado, em 20 de julho de 2015. Durante o último ano, o banco aprovou os seus primeiros cinco projetos na área de infraestrutura, recebeu a qualificação AAA das agências financeiras chinesas Chengxin International Credit Rating e China Lianhe Credit Rating, e lançou no mercado chinês títulos de crédito para energia renovável no valor de 4 bilhões de yuans (cerca de R$1,9 bilhões).