Na saída, Rodrigo Maia ressaltou que a questão mais importante do encontro foi terminar com o clima hostil entre a Câmara e o Senado, que impedia a votação de uma pauta consensual em prol do país.
"O mais importante não é a construção de uma pauta hoje, mas a construção de um consenso de que nós vamos trabalhar em conjunto. É o que não vinha acontecendo há muitos meses na relação da Câmara com o Senado."
Mesmo com um quadro Olímpico e de eleições municipais pela frente, Rodrigo Maia afirmou que será possível realizar votações no segundo semestre. Maia aproveitou para afirmar que os parlamentares que faltarem às votações convocadas em agosto vão ter os salários descontados.
De acordo com Rodrigo Maia, com a pauta marcada, o deputado tem que estar presente, como ocorre em qualquer trabalho. Para o presidente da Câmara é importante que todos votem, pois não se pode deixar a Casa parada com milhões de desempregados no Brasil.
"Cada um tem que fazer um sacrifício, acho que vai ter semana que a gente vai conseguir organizar a pauta em três dias, quando chegar mais perto da eleição talvez dois dias. O importante é que a gente possa produzir. Ter uma pauta consensual entre governo e oposição, entre Câmara e Senado, e acho que cada um tem que entender que o momento do Brasil hoje é diferente do que foi há dois, quatro, seis anos atrás. Nós vivemos uma crise profunda e precisamos ajudar o Brasil a superar este momento."
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros disse que Michel Temer se mostrou entusiasmado com a disposição do Legislativo em colaborar com o seu governo interino. Calheiros acredita que essa união dos poderes vai trazer mais tranquilidade para o país.
"Ele (Michel Temer) está muito animado sobretudo pela certeza de que o País contará com a colaboração tanto da Câmara quanto do Senado. O país vive este bom momento, acho que isso tranquiliza a sociedade, que cobrou bastante que isso acontecesse, é um bom relacionamento entre a Câmara, o Senado e o próprio governo."
Renan Calheiros informou ainda, que a prioridade do Senado após o recesso parlamentar será a votação da prorrogação da DRU, a Desvinculação das Receitas da União, que é a emenda constitucional que garante ao governo a possibilidade de usar livremente até 30% da arrecadação federal.