De acordo com as exigências dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a candidata ideal para o cargo de secretário-geral é Irina Bokova da Bulgária, que estudou em Moscou e fala fluentemente inglês, espanhol, russo e francês, relatou a revista Le Nouvel Observateur.
O mandato do secretário-geral da ONU atual, Ban Ki-moon, expira em 31 de dezembro de 2016.
O nome do sucessor de Ban será anunciado em setembro, o que se espera ser um processo demorado e que está sendo realizado pela primeira vez de forma transparente, de acordo com a Le Nouvel Observateur. Com todos os candidatos já avaliados pela Assembleia Geral, a bola está agora no campo do Conselho de Segurança da ONU.
Preventing #ViolentExtremism starts with #education. It must begin on the benches of schools #EndExtremism @UN_DPA pic.twitter.com/7n5YQ5BeT1
— Irina Bokova (@IrinaBokova) 17 марта 2016 г.
"Todos os membros permanentes têm seus próprios critérios, mas em geral todos eles são pragmáticos, e eles não estão dispostos a ver um forte chefe da ONU independente que possa interferir usando de sua própria influência," apontou a Le Nouvel Observateur.
A França, por exemplo, quer que o futuro chefe da ONU fale francês, enquanto a Rússia aponta a tradição não escrita de que cada novo Secretário-Geral das Nações Unidas deve vir de uma parte diferente do mundo, incluindo a Europa Oriental. A Assembleia Geral, por sua vez, solicitou que, desta vez, o chefe das Nações Unidas deva ser uma mulher.
"Como resultado, a candidata ideal para esta posição poderia ser Irina Bokova, embora outros candidatos na lista também tivessem boas chances", escreve a Le Nouvel Observateur.
Além de Bokova, a lista dos candidatos inclui a ex-primeira-ministra Helen Clark, da Nova Zelândia, que anteriormente se recusou a enviar tropas de seu país para o Iraque, e "provou sua independência em relação a Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália," de acordo com a Le Nouvel Observateur.
Também na lista estão António Guterres, ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados e ex-premiê português, Kevin Rudd, um ex-premiê australiano que guiou seu país para fora da crise econômica mundial no final dos anos 2000, bem como os representantes na ONU da Austrália, Costa Rica, Moldávia, Croácia, Eslovênia, Sérvia, Macedônia, Montenegro e Eslováquia, lembrou a Le Nouvel Observateur.