O atleta — que postou comentários em sua conta no Twitter e Facebook, com pesadas críticas à segurança da cidade, a menos de duas semanas do início dos Jogos Olímpicos – disse que voltava de Resende, onde participou de uma competição esportiva quando, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi parado por um grupo de homens que vestiam fardas da Polícia Militar.
"Fui ameaçado de prisão se não entrasse no carro privado deles para os acompanhar a dois ATMS (caixas eletrônicos), a fim de levantar uma avultada soma em dinheiro para um suborno. Não sei o que é mais deprimente, se isto acontecer a estrangeiros tão perto do início dos Jogos Olímpicos, ou se o fato de os brasileiros terem de viver numa sociedade que permite diariamente esta absoluta porcaria."
Lee, que está no Rio há dez meses em programa de intercâmbio com atletas brasileiros, considerados alguns dos melhores do mundo em jiu-jitsu, não vai participar da Rio 2016.
Procurada pela Sputnik Brasil, a assessoria da Polícia Civil do Rio enviou a seguinte nota oficial:
"Segundo informações da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT), no dia 23 de julho, um turista neozelandês ao voltar de carro de uma competição esportiva relatou ter sido parado em uma blitz supostamente da polícia militar, no município de Duque de Caxias. Durante a abordagem, foi exigido da vítima certa quantia em dinheiro e, como não a dispunha no momento, o turista foi até um caixa eletrônico. Procedimento policial foi instaurado e diligências estão sendo realizadas para apurar o crime."
Com relação a informações que circularam no fim de semana de que a Polícia Militar estaria preparando ações para ocupação de algumas comunidades, visando a garantir maior segurança à população durante os Jogos Olímpicos, a assessoria da corporação informou à Sputnik Brasil que não está previsto qualquer tipo de operação neste sentido. Segundo a PM, a segurança das comunidades continua sendo exercida normalmente pelos contingentes das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).