Suplicy contou à Agência Brasil que foi até o local para tentar mediar a ação e evitar a violência na desocupação, após ter recebido um telefonema de representantes da ocupação Terra Pelada solicitando a sua presença diante do cumprimento inadequado de reintegração de posse do local, que ignora um pedido de adiamento feito à prefeitura no dia anterior.
“Então eu fui até lá. Quando cheguei, fiquei um pouco preocupado porque eu vi umas oito bombas de gás lacrimogêneo sendo estouradas ali” – disse o ex-senador.
Suplicy disse que ficou preocupado quando os PMs se organizaram em fileiras, com escudos, e se prepararam para subir por uma das ruas e os moradores também se organizaram para reagir e evitar a entrada dos policiais. Foi então que, “temeroso que pudesse haver uma ação de violência ali e com consequências graves”, Suplicy decidiu deitar no chão junto com outros moradores para impedir que a polícia avançasse.
“Me deitei, diversas mulheres se deitaram ao meu lado e daí o capitão e a oficial de Justiça ficaram preocupados e pediram se eu poderia voluntariamente sair. Eu falei 'olha, eu não vou sair e também não vou criar resistência se quiserem me levar'. E foi então que determinaram que a polícia deveria me levar e me carregaram” – revelou Suplicy.
— jornalistaslivres (@j_livres) 25 июля 2016 г.
A justificativa para a detenção de Suplicy foi obstrução do caminho da polícia. “Mas o meu objetivo foi esse, eu expliquei à polícia, foi para prevenir que houvesse qualquer violência entre eles” – alegou o ex-senador.