Após participar de um seminário na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Henrique Meirelles, explicou para a imprensa, que a equipe econômica do governo interino de Temer vai analisar o crescimento das receitas públicas até o final de agosto, que estão previstas para acontecer neste ano e em 2017, além da possível entrada de recursos oriundos de privatizações, concessões e outorgas e se for necessário, o governo não descarta aumentos pontuais de tributos no país.
"Nós vamos analisar primeiro o crescimento das receitas públicas previstas para ocorrer nesse ano e no ano que vem, e o possível ingresso de privatizações, concessões e outorgas, e que se necessário, que é em último caso, nós sim faremos aumentos pontuais de impostos, que sejam de fato, de verdade, temporários, porque a carga tributária brasileira é muito elevada. Portanto, vamos aguardar isso. Temos ainda mais algum tempo, algumas semanas para verificar a evolução desses itens aqui, e portanto, nós vamos fazer a previsão, e se necessário sim, faremos aumentos pontuais, mas apenas se necessário, porque é possível que não seja necessário."
Meirelles, no entanto, disse que o governo ainda não decidiu quais os setores que seriam atingidos por um possível aumento de impostos.
O ministro da Fazenda ressaltou que o governo espera ainda para este ano, a aprovação no Congresso da proposta de emenda à Constituição que cria um teto para os gastos públicos, e que a queda na arrecadação seja contornada nos próximos meses, para retomar o crescimento da economia.