Durante um briefing no Pentágono os jornalistas pediram que ele e o secretário de Defesa dos Estados Unidos Ashton Carter comentassem a ideia de cooperação militar russo-americana na Síria nas áreas de troca de informação de inteligência e dados sobre os alvos para realização de ataques.
"Eu penso que vocês sabem que a nossa colaboração com os russos limita-se aos contatos sobre garantia de segurança de voos e dos nossos efetivos", informou.
Porém, confessou o general, ele "tem dificuldade de dizer até que ponto estes planos são realistas sem ter informação concreta nas mãos".
Carter, por sua vez, propôs "ver o que o secretário de Estado pode alcançar para que a Rússia comece a fazer coisas corretas na Síria". Segundo ele, Moscou "apoia o regime sírio o que contribui para a continuação da guerra civil".
"Nós acreditávamos que eles contribuiriam para uma solução política e transferência do poder, assim como para o fim da guerra e para luta contra o extremismo e não contra a oposição moderada", declarou Carter acrescentando que "isso ainda está muito longe".
Desde o verão de 2014, uma coalizão de mais de 65 nações ocidentais e árabes sob liderança dos EUA está efetuando ataques aéreos na Síria e no Iraque contra o grupo terrorista Daesh, proibido em muitos países, inclusive na Rússia.
Recentemente apareceram relatos sobre a morte de civis causada por ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA perto de Manbij, controlada pelo Daesh. Na quarta-feira (20) a Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias apelou à coalizão anti-Daesh para parar os bombardeamentos no meio dos relatos sobre a morte de "mais de 125 civis".