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Dilma diz que não vai ser coadjuvante em Jogos e afirma seguir na luta contra impeachment

REPORTAGEM DILMA JOGOS 2 DE 27 07 16
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A presidente afastada Dilma Rousseff confirmou em entrevista nesta quarta-feira (27) à rádio Educadora de Uberlândia, que não vai estar presente na abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no dia 5 de agosto.

Dilma destacou, que apesar de ter feito parte de todo o processo, junto com o ex-presidente Lula de trazer as Olimpíadas para o Brasil, ela não será coadjuvante, em um projeto onde ela foi protagonista.

"A minha participação foi absolutamente direta. O que acontece agora, é que vai para o palanque oficial junto com a delegação internacional e o representante do Comitê Olímpico Internacional, vai uma pessoa que não trabalhou. Eu não vou participar de um ato nesta condição de expectadora num ato em que fui protagonista. Eu prefiro não ir e não criar nenhum constrangimento." 

A presidenta afastada ainda falou sobre a questão da segurança e as ameaças terroristas no Brasil durante os Jogos. Segundo Dilma Rousseff, até quando estava à frente da Presidência da República todas as instituições encarregadas da segurança no país estavam preparadas, trabalhando em conjunto,  atuando em grandes eventos que já aconteceram no país como a Jornada Mundial da Juventude e a Copa de 2014, o país estava preparado para combater o terrorismo.

"Até Maio essas condições estavam perfeitamente estruturadas. Quero crer que não houve nenhuma medida do governo provisório interino no sentido de desarticular esse setor. Aliás, eu acredito que ele está funcionando bem, porque eles não mandaram embora, como fizeram em outras áreas, as pessoas responsáveis pela segurança das Olimpíadas. Espero que eles não tenham comprometido nada desse processo. Eu asseguro que o Brasil tem experiência, nós enfrentamos uma Copa do Mundo e foi bastante difícil, enfrentamos também a vinda do Papa, na Jornada da Juventude, tivemos experiência também nos Jogos Pan-Americanos, nos Jogos Militares, na Rio+20. O Brasil tem capacitação na área de segurança, de inteligência e está preparado para enfrentar o terrorismo, e geralmente, se faz isso sem estardalhaço, sem usar isso como exposição de mídia."

Sobre o impeachment, Dilma disse que o pedido de prorrogação para a entrega da defesa foi por conta de problemas no site do Senado, mas garantiu que sua Defesa está quase finalizada. 

"A gente pretende cumprir o prazo, vamos fazer um esforço para cumpri-lo. Pedimos esse adiamento, justamente, porque houve esse incidente com o site do Senado. Não acredito que isso tenha nenhuma consequência maior. A nossa defesa está praticamente pronta."

Ao ser questionada sobre notícia na mídia que teria se lamentado com o presidente do Senado Renan Calheiros(PMDB-AL), que estaria cansada e queria "acabar com essa agonia" do processo de impeachment. Dilma Rousseff voltou a criticar alguns canais, que segundo ela, teimam em criar histórias dando a entender que ela estaria disposta a renunciar à presidência, fato que seria inverídico.

"Dá onde sai essa história eu sei. Sai da tentativa sistemática de uma parte da mídia de fazer com que aparentemente eu esteja em uma situação em que eu queira renunciar ou esteja cansada. Eu não estou cansada não. Estou plenamente disposta a lutar até o último minuto pelos os meus direitos. Tudo bem que me escondam. Como se diz fui cassada da TV, porém, isso não autoriza ninguém a inventar histórias a meu respeito. Eu não estive com o Presidente do Senado."

Em relação ao aumento da sensação de retomada da economia no país, Dilma disse que "ninguém recupera nada em dois meses". Já sobre as denúncias do marketeiro do PT, João Santana e sua mulher Monica Moura e a existência de caixa 2 durante sua campanha. Dilma afirmou que os US$ 4,5 milhões que João Santana disse ter recebido, não foram da organização da sua campanha. Segundo Dilma, Santana diz que recebeu o valor em 2013, mas tudo que ficou pendente de sua campanha passou a ser de responsabilidade do PT após 2010, portanto, Dilma diz alega que "a minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se a dívida remanescente da campanha de 2010, porque ela foi paga três anos depois"

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