Apesar de o documento não citar os países que representam uma ameaça para a Bielorrússia, há alusões indiretas de que a OTAN é a ameaça mais provável.
De acordo com o parágrafo 11.3 da nova doutrina, ameaças militares diretas ao país incluem "a expansão (ou criação) de alianças militares e políticas na região europeia e das quais a República da Bielorrússia não participa" e/ou a tentativa dessas alianças para desempenharem "funções globais".
O parágrafo 11.4 pressupõe a ameaça através do "reforço de capacidades ofensivas dos países (ou coalizões de países), incluindo o estabelecimento unilateral de sistemas estratégicos de defesa antimíssil, armas guiadas de alta precisão, equipadas com ogivas não nucleares, para efetuar ataques contra forças militares e infraestruturas da República da Bielorrússia", entre outras medidas que "levam ao desequilíbrio de forças existente, bem como ao reforço da infraestrutura militar de países que têm fronteira conjunta com a Bielorrússia".
A nova doutrina se refere à OTAN como ao perigo principal, o único grande bloco militar na Europa, e ao reforço da sua presença na Europa Oriental, incluindo sistemas norte-americanos ABM (Tratado de Mísseis Balísticos) na Romênia e Polônia.
O ministro da Defesa da Bielorrússia Andrei Ravkov tem a certeza de que a nova doutrina do país, que foi renovada pela primeira vez desde 2002, levará em consideração não apenas as ameaças militares, mas também as externas e internas que exercem uma influência significativa sobre a defesa do país.