Segundo Puigdemont, ele tentará "buscar uma maioria com a qual possa fechar o processo independentista, assegurar o orçamento do ano que vem e a estabilidade parlamentar".
O processo independentista teve seu auge mais recente no ano passado, com as eleições regionais promovidas por uma coalizão do então presidente, Artur Mas, e do líder da oposição local, Oriol Junqueras. Ainda em finais de 2014, foi realizada na comunidade autônoma uma "consulta popular", uma espécie de referendo informal, proibido oficialmente pelas autoridades de Madri. Com mais de 80% votos a favor da independência, a "consulta" gerou tensões entre os governos catalão e espanhol.
Nesta quarta-feira, Carles Puigdemont ressaltou que o objetivo do seu governo é "consolidar" o processo independentista e "perguntar aos cidadãos que futuro eles querem" para depois do fim do seu mandato, que se iniciou em 12 de janeiro.
O anúncio veio depois de o parlamento rejeitar a proposta orçamentária do presidente.
Parlamento apoia separação
Além disso, nesta quarta-feira o parlamento catalão apoiou, com 72 votos a favor, o projeto de separação da comunidade autônoma do resto da Espanha. O projeto foi proposto pelo próprio Puigdemont e prevê, inclusive, a organização de um novo referendo, desta vez formal, sobre a independência, no âmbito do que é chamado "mecanismo unilateral do procedimento democrático".