No início deste mês, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia, na Holanda, decidiu contra a China na disputa do mar do Sul da China.
Dr. John Short, analista político e professor de Políticas Públicas da Universidade de Maryland, declarou à Sputnik que as negociações bilaterais entre Pequim, Manila e outras partes do litígio serão mais eficazes a médio e longo prazo.
"Temos que esperar um esfriamento, especialmente <…> na China, onde as pessoas podem dizer, 'não tenho certeza se esta política tem ajudado nossa posição internacional’", notou Short.
O mar do Sul da China é uma região altamente contestada entre países asiáticos. Através desse mar passam anualmente cerca de US$ 5 trilhões em comércio internacional. Além da China e Filipinas, também foram feitas reivindicações territoriais por Vietnã, Malásia, Taiwan e Brunei.
"A ASEAN não pode ser um contrapeso às reivindicações da China, enquanto que os EUA definitivamente podem. <…> A posição norte-americana é um pouco inferior porque eles não serem signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, mas mesmo assim eles se vêm a si mesmos como um contrapeso à China."
Muitos países fazem reivindicações das reservas de petróleo e gás na área e milhões de cidadãos comuns ainda ganham a vida com a pesca no mar do Sul da China.
"Este é um jogo de resultado zero, se você construir uma ilha em um atol de coral e colocar nele uma pista de aviação, será difícil negociar isso sem alguém perder a face", concluiu o especialista.