Cientistas descobrem ‘Guerras nas Estrelas’ num sistema estrelar (VÍDEO)

© AFP 2023 / LEON NEALDarth Vader durante estreia do Despertar da Força em Londres
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Numa galáxia muito, muito distante... Não, somente na constelação de Scorpious (Escorpião) astrônomos acharam duas estrelas, que fazem parte do sistema mais desconhecido na história.

A estrela peculiar AR, na constelação de Scorpius, se tornou um "campo de batalha" entre duas estrelas do sistema estelar: uma anã vermelha e uma anã branca, que periodicamente expõe sua “companheira” vermelha a radiação que faz com que a superfície da anã vermelha brilhe, de acordo com um artigo publicado na revista Nature.

"A AR Scorpius foi descoberta há mais de 40 anos, mas ninguém suspeitou da verdadeira natureza dessa estrela até maio passado, quando nós usámos uma câmara UltraCam de alta velocidade e o telescópio William Herschel. Percebemos agora que vimos algo extraordinário nos primeiros minutos", relata Tom Marsh da Universidade de Warwick (Reino Unido).

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Marsh e seus colegas descobriram um dos mais interessantes sistemas estelares do Universo. A AR Scorpius consiste de duas estrelas – uma anã branca de massa de 0,3 Sol, e uma anã vermelha de massa de 0,81 Sol. A anã branca, de acordo com Marsh, tem uma velocidade de rotação em torno de seu eixo extremamente alta, e um poderoso campo magnético, porque ele periodicamente emite de seus polos feixes de ondas de rádio e partículas carregadas. O eixo de rotação da estrela, por coincidência, às vezes aponta à sua companheira vermelha.

Em resultado, a cada dois minutos a anã vermelha por um momento fica sob o "bombardeio" da anã branca. Esta radiação é absorvida pelos elétrons na atmosfera da anã vermelha, que depois emitem essa energia como luz, calor, ondas de rádio e outras formas de radiação eletromagnética, e o brilho da AR Scorpius aumenta para cerca de 4,4% de luminosidade solar – um valor impossível para um sistema estelar de massa tão pequena.

De acordo com os astrônomos, esse comportamento da estrela binária e o fenômeno da exposição à radiação de uma das estrelas é verdadeiramente único – a humanidade ainda não sabe de qualquer outro par de estrelas em que aconteça algo semelhante. Além disso, os cientistas ainda não têm certeza onde se “originam” os elétrons e porque a radiação é de tão elevada energia.

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