"Por um lado, existe a ameaça do terrorismo islâmico, que é parcialmente apoiado por organizações como a Al-Qaeda e o Daesh. Eles já criaram uma rede clandestina forte aqui", enfatiza o especialista alemão.
"Ao mesmo tempo, existe o perigo da aparição do terrorismo nacionalista como modo de resposta à agressão islamista, como foi precisamente o caso do homem iraniano que abriu fogo contra os turcos e não contra os alemães", destaca o especialista, se referindo aos acontecimentos de 22 de julho, quando um jovem de 18 anos disparou contra os visitantes de um centro comercial em Munique.
"Por conta da atmosfera que temos aqui, os partidos de direita vão ganhando pontos a seu favor. Nas eleições locais de Berlim, que serão celebradas em 18 de setembro, a AfD pode ocupar o terceiro lugar. Consequentemente, dentro de um ano, nas eleições federais, pode se converter seguramente na terceira força", disse o cientista político.
Uma recente pesquisa, realizada pela agência britânica ICM, revelou que os principais fatores da radicalização da política na Europa para 47% dos entrevistado é o elevado número de imigrantes; para 46% é a violação de promessas políticas e a desilusão com a União Europeia foi a resposta de 38% dos entrevistados.