Segundo ele, os militares dos países do Ocidente não prestam ajuda nenhuma no combate contra o Talibã.
Entrevistado pela edição britânica Guardian, o ex-líder afegão deixou claro que a referida 'ajuda' da coalizão internacional aos militares do país traz mais problemas ao invés de benefício. Ele opina que os militares norte-americanos e britânicos morrem em vão, enquanto que o Talibã continua forte e controla suas posições.
"Há 14 anos que a OTAN está presente aqui. Será que a situação melhorou? Será que temos mais segurança? Não! Isso indica que algo se faz de maneira errada", indaga Karzai.
Conforme os últimos dados, no momento, o governo do Afeganistão controla 65,6% do território do país enquanto que no início do ano esta percentagem era maior – 70,5%.
Na opinião de Karzai, as forças estrangeiras têm duas opções – sair do Afeganistão e se concentrarem nas questões internas em seus países ou focar-se na luta contra os 'patrocinadores' do Talibã no Paquistão.
Retornando à história, vale lembrar que o relacionamento entre Karzai e os EUA se deteriorou quando aquele recusou a assinar o acordo de segurança, que permitiria às forças estrangeiras a permanecerem no país. Ele criticou o atual presidente afegão, Ashraf Gani, por ele ter assinado esse acordo.
Ao mesmo tempo Karzai exprimiu suas condolências às famílias dos mortos no Afeganistão.