Na sessão que durou menos de três horas foi aprovado o relatório do Senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). Por 14 votos contra 5, os membros da Comissão decidiram que o processo deve ser levado a julgamento em Plenário.
Esta decisão será votada na próxima terça-feira, 9, quando já sob a liderança do Ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, os senadores emitirão suas opiniões sobre o que foi votado nesta quinta-feira.
Segundo Humberto Costa, “o PT inscreverá o maior número possível de senadores para se manifestarem na sessão da próxima terça-feira. A ideia é mostrar que hoje foi dado mais um passo para a consolidação do golpe que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República, sem que ela tivesse cometido qualquer crime”.
A decisão desta quinta-feira encerrou a segunda fase do processo, chamado "juízo de pronúncia." Nesta fase, os senadores concluíram que há elementos suficientes indicativos para o prosseguimento do processo.
A votação dos 19 senadores foi realizada por meio de painel eletrônico. Dos 21 membros da Comissão, o registrou-se apenas uma ausência, a do Senador Wellington Fagundes (PR-MT). O presidente da Comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), não votou, e ao instalar a sessão disse que só votaria se houvesse empate.
Na sessão de 6 de maio, a admissibilidade do processo havia sido aprovada por 15 votos a 5, na mesma Comissão.
A Comissão Especial do Impeachment encerrou seus trabalhos após 100 dias de discussões e votações.
A previsão, agora, é de que o julgamento em Plenário tenha início em 25 de agosto e termine antes do final do mês. Após a sessão desta quinta-feira, o Ministro Ricardo Lewandowski reuniu-se com os senadores para acertar os detalhes de como serão efetuadas as próximas sessões, já a partir da terça-feira, 9 de agosto.