Como explica Frank Stewart do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta (EUA), devido às alterações climáticas e aumento da temperatura global da Terra, bem como à poluição das águas das zonas costeiras com resíduos industriais, aumenta o crescimento das algas unicelulares nos oceanos, o que leva a um grande consumo do oxigénio. Isto faz com que a maioria dos peixes deixe de poder sobreviver nestas condições.
Tricky SAR11 #microbe strain cultivated in @DrJCThrash Lab's new artificial seawater media. https://t.co/J9jvo7kC8k pic.twitter.com/db86eiPTMl
— LSU Research (@LSUResearch) 7 июня 2016 г.
Tendo estudado estes fenómenos do oceano, Stewart e seus colegas descobriram um "cúmplice" inesperado do aquecimento global – a 'bactéria-assassina’ SAR11, que agrava o efeito do aquecimento, fazendo com que a "zona morta" cresce ainda mais rápido.
Depois de analisar o DNA de bactérias extraídas de "zonas mortas" ao largo da costa oeste do México, no Oceano Pacífico, os cientistas descobriram que a SAR11 pode respirar não apenas com oxigênio, mas também com compostos azotados, “inspirando” nitratos (NO3) e “expirando” azoto (N) e nitritos (NO2).
Por causa disso, as bactérias tornam as condições de vida nos oceanos completamente impróprias para outros seres vivos, erradicando da água não apenas o oxigênio, mas também as potenciais fontes de alimento – os próprios compostos de azoto e algas. Os pesquisadores acreditam que isso acelerou significativamente o crescimento das "zonas mortas" nos últimos anos, que agora ocupam mais de 8% dos oceanos do mundo.