Nesta quinta-feira (4) durante a abertura do evento 'Beyond The Games Global Summit: global leaders vision on economy & business', nesta quinta-feira (4), na Fundação Getúlio Vargas, foi discutido o legado dos investimentos realizados antes, durante e os que vão ser realizados após os Jogos Olímpicos e como isso vai ajudar a movimentar e desenvolver a cidade e o estado.
A ideia é que o programa dê seguimento durante o período dos Jogos Rio 2016, às atividades de promoção de investimento nas áreas, como tecnologia, energia, indústria criativa, infraestrutura, turismo e serviços financeiros, que tiveram início ainda nos Jogos de Londres, em 2012.
A expectativa do Governo e da Prefeitura do Rio é a de até o final dos Jogos, em 18 de setembro, sejam realizados 43 eventos de negócios e 4.900 audiência, reunindo 2.800 líderes e aproximando 800 companhias nacionais e internacionais.
Em seu discurso, o governador em exercício Francisco Dornelles destacou a importância de ver os Jogos Olímpicos além do esporte.
"Um estudo da Moody’s mostra que o total de investimentos em infraestrutura realizados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em toda a Região Metropolitana equivale ao total investido nas 12 cidades da Copa do Mundo. O legado social é muito positivo e coroa o período de crescimento do estado. A renda de trabalho dos 5% mais pobres cresceu quase 30% entre 2008 e 2016. Além de trazer benefícios imediatos para a população, a melhoria da infraestrutura tem efeito multiplicador. Ela proporciona uma maior eficiência em toda a cadeira produtiva e reduz os custos para as companhias instaladas aqui."
Já o Prefeito Eduardo Paes destacou o papel fundamental dos investimentos da iniciativa privada na organização dos Jogos no Rio, para que todos os equipamentos e obras de infraestrutura pudessem ser entregues com valor 30% menor do que o apresentado na candidatura da cidade.
"Isso mostra a enorme pujança e capacidade do setor privado brasileiro. Essas empresas acreditaram porque sabem que estão realizando um bom negócio. É a força da economia do Rio. O tapete está estendido para quem quer investir na cidade."
De acordo com a Prefeitura da cidade, dos R$ 7 bilhões gastos com as arenas olímpicas, 60% dos investimentos vieram do setor privado, e do total de R$ 40 bilhões gastos nas intervenções feitas na cidade, 43% não vieram dos cofres públicos.
Para o presidente da Fundação Getúlio Vagas (FGV), Carlos Ivan Simonsen Leal, o fato do Rio receber os Jogos Olímpicos ajudou a cidade a retardas os feitos da crise econômica no Brasil.
"Esses investimentos são essenciais para fazer a economia da cidade rodar mais. As obras de infraestrutura realizadas aqui foram muito importante para evitar que a crise chegasse aqui tão fortemente como aconteceu no país inteiro."
A expectativa da Rio Negócios é a de que mesmo após os Jogos Rio 2016, 40 novos projetos com investimento estrangeiro sejam fechados na cidade, tendo como foco um mercado consumidor de mais de seis milhões de habitantes só na capital e 1,6 milhões de turistas por ano.