Moscou propõe à OTAN jogar aberto no Báltico

© Sputnik / Igor ZaremboHelicóptero Mi-35 da infantaria naval das forças costeiras da Marinha da Rússia durante exercícios "Derby Báltico-2015", na região de Kaliningrado
Helicóptero Mi-35 da infantaria naval das forças costeiras da Marinha da Rússia durante exercícios Derby Báltico-2015, na região de Kaliningrado - Sputnik Brasil
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A Rússia está pronta para garantir transparência total em todas as ações de sua Força Aérea sobre o mar Báltico para evitar incidentes, mas exige, por sua vez, medidas idênticas por parte da Aliança, escreve o jornal russo Izvestia.

A parte russa propõe que se informem os países vizinhos sobre as rotas e manobras programadas e também que se liguem os transponders que transmitem informações sobre a nacionalidade dos aviões no ar.

"Quando todos os voos forem realizados com transponders, o sistema de controle do espaço aéreo verá constantemente o lugar e o modo de voo de qualquer aeronave. Esta é a nossa proposta pacífica. Agora cabe à OTAN decidir", declarou o ex-comandante da Força Aérea, Pyotr Deinekin.

A foto da Marinha dos EUA mostra o que parece ser um avião militar russo voando muito próximo do destroier americano USS Donald Cook. - Sputnik Brasil
Rússia reforçará segurança dos voos sobre o mar Báltico
Os voos regulares de aviões de reconhecimento britânicos e norte-americanos RC-135, com os transponders desligados causam preocupação em Moscou. Apenas nos últimos três meses, os RC-135 se aproximaram mais de 40 vezes da fronteira na região de Kaliningrado. Eles voaram às escuras, o que obrigou a Força Aérea da Rússia a colocar no ar caças-interceptores.

O chefe do Departamento de Segurança Europeia do Instituto da Europa, Dimitry Danilov, explicou ao Izvestia que todas as medidas de confiança no mar Báltico devem ser mútuas.

"O perigo de guerra na região aumenta e é necessário que se preocupem em reduzir os riscos. O processo deve ser recíproco, não pode haver concessões unilaterais. Tanto a Rússia como os seus adversários na Europa estão interessados nisso", explicou Danilov.

Pyotr Deinekin acredita que o uso de transponders permitirá evitar todo o tipo de acusações.

"O transponder é um aparelho de baixo custo e é fácil de instalar. Com ele a bordo, todas as partes podem controlar com segurança a realização de voos especiais ao longo das fronteiras nacionais, respeitando as leis e regulamentos internacionais", sublinhou o general de exército.

O general não vê razões para que os líderes da OTAN se oponham a equipar com transponders todos os aviões militares.

P-8A Poseidon - Sputnik Brasil
Avião espião da OTAN ronda fronteira russa no Mar Báltico
Em 4 de agosto, o chefe da cooperação militar internacional do Ministério da Defesa russo, Sergei Koshelev, reiterou que a Rússia está disposta a debater a segurança na região do mar Báltico com os Ministérios da Defesa da Letônia, Lituânia, Estônia, Polônia, Suécia e Finlândia.

As notas foram entregues aos adidos militares dos Estados Bálticos. Agora Moscou está à espera de uma resposta. A Estônia e a Lituânia já se comprometeram a estudá-las e dar uma resposta depois de algumas consultas com seus aliados.

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