Ainda de acordo com a Secretaria, “os ataques que vêm acontecendo no estado são reivindicados por uma facção criminosa insatisfeita com a instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, cidade da Grande Natal. O primeiro caso aconteceu na tarde do dia 29 de julho, quando um micro-ônibus foi incendiado na BR-101, em Macaíba, também na região Metropolitana da capital potiguar. Em uma semana, a Sesed registrou 107 atos criminosos em 37 cidades. O último atentado havia ocorrido na manhã da quinta-feira, 4. Ao longo deste período, 108 pessoas foram presas suspeitas de participação direta ou envolvimento nos ataques.”
Os principais alvos dos criminosos são ônibus, carros, prédios da administração pública e bases policiais. Um dos acessos ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves, e até mesmo a vegetação do Morro do Careca – um dos principais cartões-postais do estado – também foram alvos dos atentados.
Em entrevista ao site G1, o general Roberto Lundgren, Secretário Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, afirmou que os incêndios são uma reação dos criminosos ao combate que as autoridades estaduais estão movendo contra as facções:
“As ações do estado do Rio Grande do Norte começaram pela Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na quinta-feira, 28 de julho, quando passamos a eliminar os escritórios do crime. Já nesse mesmo dia, ficamos de prontidão. Na sexta-feira, 5 de agosto, assim que soube do ataque a um micro-ônibus em Macaíba, determinei que fosse iniciada a Operação Guardião. Essa ação, que envolve todos os órgãos de segurança pública que atuam no Rio Grande do Norte, tem por objetivo minimizar a reação dos criminosos. Avalio, após esse período, que nosso planejamento foi suficiente".
Neste sábado, 6 de agosto, 21 detentos apontados como chefes da facção criminosa que reivindica os ataques ocorridos no estado foram transferidos para os presídios federais de segurança máxima em Catanduvas (Paraná), Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e Porto Velho (Rondônia).
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— HuffPost Brasil (@huffpostbrasil) 2 августа 2016 г.
O Secretário disse ainda que, mesmo com a onda de violência, o estado do Rio Grande do Norte não pensa em decretar estado de calamidade pública. De acordo com Roberto Lundgren, o governo do Rio de Janeiro optou por esta medida porque as Olimpíadas se aproximavam e era preciso assegurar apoio oficial da União. Segundo ele, o Rio Grande do Norte possui suficiente capacitação para enfrentar, combater e neutralizar a onda de violência.