Entre os dias 1 e 7 de agosto, mães de diferentes idades, acompanhadas por amigos, amigas, namorados, maridos ou apenas de seus filhos, se reuniram para amamentar suas crianças em diversos espaços públicos das cidades brasileiras, como parte da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), que, além da amamentação coletiva, também contou com muitas brincadeiras, conversas, cantigas e outras atividades de conscientização.
Embora a semana tenha acabado, a campanha pelo aleitamento a qualquer hora e em qualquer lugar continua. No site do "Hora do Mamaço", é possível conferir outros eventos programados para este mês, em diversas partes do Brasil.
Segundo a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA), a amamentação é uma forma natural e de baixo custo de alimentar bebês e crianças, é acessível para todos e não sobrecarrega o orçamento doméstico como a alimentação artificial.
"O aleitamento materno exclusivo com a continuação da amamentação por dois anos ou mais fornece nutrientes de alta qualidade e adequada energia que pode prevenir a fome, a desnutrição e a obesidade", informa a organização, acrescentando que a ação também contribui para melhorar a curto ou a longo prazo a saúde e o bem estar das mulheres que amamentam, entre outras coisas.
A #amamentação é uma forma de alimentação sustentável. ;) pic.twitter.com/GMR8OvlLJ2
— Ministério da Saúde (@minsaude) 3 августа 2016 г.
A expressão "Mamaço" surgiu na França em 2006, numa reunião de mães que tiveram a ideia de amamentar simultaneamente os seus bebês em um grande encontro nacional, que originou depois a Associação Colegiada "La Grande Téttée". No Brasil, as ações com o objetivo de estimular essa prática são coordenadas principalmente pelo grupo Apoio Materno Solidário (AMS Brasil), fundado em 2010 pela pedagoga Simone de Carvalho.
Em um levantamento realizado no ano passado por uma marca de produtos para amamentação, 98% das brasileiras disseram estar conscientes de que dar o peito é a melhor forma de nutrir um bebê. Na pesquisa, feita em dez países, o Brasil foi o que apresentou a maior taxa de mulheres que consideram a amamentação em público algo perfeitamente normal (64%). No entanto, 47,5% das brasileiras afirmaram ter sofrido preconceito pela prática, enquanto a média mundial é de 18%.
O que você sabe sobre amamentação em público no mundo? Veja parte da Pesquisa Global Lansinoh sobre Aleitamento... http://t.co/lE403pgVXP
— Lansinoh Brasil (@LansinohBrasil) 13 августа 2015 г.
Para acabar com esse preconceito, além das campanhas de incentivo, algumas cidades e estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, adotaram leis prevendo multas para quem proibir ou constranger a amamentação em público. Projetos semelhantes também tramitam no Congresso Nacional.