Procurado pela Sputnik Brasil, o comitê enviou nota oficial justificando a decisão.
“O Comitê Paralímpico Brasileiro lamenta a situação da delegação russa, mas entende que o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) teve que tomar uma decisão muito dura pelo futuro do esporte paraolímpico. Queremos ver um esporte livre do doping. No momento, ainda não temos como saber o que a saída da Rússia dos Jogos Paralímpicos implica para o Brasil em termos de medalhas. Estamos pensando apenas nos Jogos e não nos adversários. Isso não vai mudar a nossa preparação para buscar pódios dentro de casa.”
O presidente do CPB, Andrew Parsons, não estava disponível nesta segunda-feira, 8, para dar mais detalhes sobre a determinação. No domingo, contudo, ele afirmou que a decisão, do ponto de vista técnico, é uma perda, uma vez que muitos atletas russos são favoritos em provas por possuírem um alto nível de preparação. Ainda assim, segundo ele, o comitê russo não tem meios de garantir e se manter aderente ao código mundial antidoping.
Questionado porque o Comitê Olímpico não tomou a mesma atitude em relação à participação dos russos na Olimpíada — uma vez que ambos usaram como argumento o relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) —, o dirigente explicou que as duas entidades têm estruturas diferentes. Andrew observou que as decisões do COI são tomadas por membros individuais, enquanto as do IPC são baseadas nas organizações em cada país. O COI determinou que a decisão ficasse a cargo das federações internacionais para considerar a participação ou não dos atletas.