Após a discussão do parecer, o documento será colocado em votação pelo Plenário, sendo aprovado se alcançar o apoio da maioria simples dos senadores.
O relatório de Anastasia afirma que Dilma cometeu "atentado à Constituição" ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais” e desrespeitou o Legislativo ao editar três decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso.
Cabe notar que todas as acusações foram praticadas por outros presidentes, inclusive pelo interino Michel Temer.
Roteiro da sessão
A sessão estava prevista para começar às 9h, mas atrasou cerca de 45 minutos.
Em seguida, após Anastasia apresentar um resumo de até 30 minutos sobre seu relatório, cada um dos 81 senadores tem até dez minutos para falar sobre o documento, se assim o desejarem.
Após a discussão do parecer, os autores da denúncia contra Dilma falam por mais 30 minutos e, ato contíguo, a defesa da presidenta afastada rebate as acusações, também em 30 minutos.
Ao apresentar o resumo de seu relatório, Anastasia afirmou que o impeachment não tem "conotação penal". Segundo ele, o julgamento, no processo de impeachment, é jurídico e político.
"Dilma foi afastada por crime de responsabilidade fiscal e é preciso avaliar se sua volta implicaria risco para as contas públicas", disse o relator.
Anastasia também negou a versão de que o impeachment seria uma manobra para "deter" as investigações da Lava Jato.
"A presidente pretendeu dar continuidade a práticas manifestamente ilegais para sustentar politicamente o início de seu segundo mandato. Agiu, portanto, em claro benefício político-pessoal", diz Anastasia.
Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) argumentou que Anastasia não poderia ter sido relator porque o PSDB foi parte integrante do pedido de impeachment. Segundo ela, a presidente afastada não cometeu crime e que não há sequer tipificação dos crimes de que ela é acusada.
'@vanessasenadora defendeu o retorno de Dilma e a convocação de plebiscito p/ realização de novas eleições para a Presidência da República.
— Senado Federal (@SenadoFederal) 9 de agosto de 2016
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também saiu em defesa de Dilma Roousseff, argumentando que as chamadas "pedaladas fiscais" não são crime.
Este é o roteiro da sessão em que se decidirá se Dilma Rousseff irá a julgamento. pic.twitter.com/yugqVSsn3C
— Senado Federal (@SenadoFederal) 8 августа 2016 г.